Na entrevista, Higor fez uma avaliação da campanha do ano passado na qual apontou
como principal fator para a derrota eleitoral o fato de ter decidido lançar o
próprio nome em cima da hora. “O meu partido, o PSB, tinha apenas quatro candidatos
a vereador. Quando decidi ser candidato não havia mais prazo para filiar outras
pessoas e os candidatos a vereador são parte importante de um grupo político”,
lamentou.
Higor evitou críticas diretas à prefeita Belezinha, a quem
ele disse que se deve dar 100 dias de governo para começar a avaliar a gestão, mas
não poupou o ex-prefeito Magno Bacelar. “Respeito como pessoa. Ele teve erros e
acertos, mas sair como se fosse foragido, fugitivo foi feio, não foi uma saída
honrosa. Ele só deve aparecer agora nas vésperas da próxima eleição”, criticou.
Ao ser questionado por um ouvinte sobre a possibilidade de ser candidato
a deputado estadual ele recusou a ideia por lealdade ao deputado Rafael Leitoa,
líder do governo na Assembleia e candidato à reeleição. Segundo Higor, ele está
disponível para ser candidato a federal com a ideia de fazer dobradinha com
Leitoa na região e apoiar o candidato do governo estadual à sucessão de Flávio
Dino. Para construir este projeto ele afirmou que deve se licenciar do Banco onde trabalha e passar a residir apenas em Chapadinha em breve.
Análise
A disputa pelos 59% de eleitores que não votaram em Belezinha começou e os 12.070 votos que obteve em 2020 credenciam Higor para a briga, mas a tarefa de 2022 não é simples.
O deputado Rafael Leitoa foi muito presente na campanha
municipal e retribuir seu apoio é um acerto, mas também um desafio. Transferir
votos para um nome de fora é sempre mais difícil, principalmente com o governo
municipal lançando um nome local para o mesmo cargo. Seja com Aluizio ou com Karol,
a vantagem de Belezinha nesta disputa é grande.
Já para deputado federal o voto é mais solto, são menos candidatos e
nenhum outro nome da cidade se apresentou para concorrer por enquanto. Os outros pré-candidatos a federal da coalizão que o apoiou no ano
passado, como Márcio Honaiser (PDT) e Jefferson Portela (PCdoB), é que não devem gostar da ideia.
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