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Josemar imita sua afilhada


O deputado federal Josemar de Maranhão (PL) foi alvo de mandados de busca e apreensão da Operação Descalabro, da Polícia Federal, e se posicionou há pouco nas redes sociais. A nota lembra publicação recente da sua afilhada política, a prefeita eleita de Chapadinha Ducilene Belezinha, por focar no detalhe e deixar de lado o principal.

Na nota o deputado diz que “o montante em espécie que foi encontrado em seu poder são oriundos (sic) de sua atividade pecuária e empresarial” e ainda que “não existe nenhuma irregularidade já que o montante sequer ultrapassa o teto, informado à Receita, por meio da Declaração do Imposto 2020”. Mas ele não é acusado por ter dinheiro vivo guardado, isto não é crime. Aliás, estas imagens só servem para fazer espetáculo e desviar do que é mais importante.

A Polícia Federal acusa Josemar de participar de um esquema de desvio de dinheiro público através das suas emendas parlamentares em parceria com seus prefeitos aliados. A investigação da PF teria conseguido não apenas constatar os desvios, como também acompanhar os saques e realizar o registro de áudio e vídeo da distribuição dos valores no escritório do parlamentar.

Falta de aviso não foi

Durante o processo eleitoral, este blog falou sobre Josemar e se baseou nas palavras do deputado Aluísio Mendes, que afirmou entender de bandido. “Quando bati o olho no senhor Josemar soube que se tratava de um dos maiores bandidos da região”, afirmou o parlamentar.

O vídeo, que a prefeita eleita tentou censurar por meio da Justiça Eleitoral, ainda trazia a fala de um aliado de Josemar afirmando que as prefeituras controladas pelo seu grupo produziam dinheiro para ele dia 10, dia 20 e dia 30, numa referência aos dias em que o governo federal faz as transferências obrigatórias. Relembre:



Inocente até que se prove o contrário

Apesar da operação da PF vir confirmar o que há muito se suspeitava, o deputado deve ter seu direito de defesa respeitado e todas as demais garantias previstas em lei para que as investigações e eventuais processos ocorram da maneira correta.

Operação Eleitoral agora?

O deputado Josemar afirma há vários anos sua intenção de disputar o governo do estado, mas ninguém deve deixar de ser investigado por ser pré-candidato a cargo algum. Se a operação tivesse intenção eleitoral, ela teria acontecido há mais de um mês, antes dele eleger 40 prefeitos só pelo seu partido.

Defesa a postos

Apesar do silêncio da prefeita eleita sobre a operação policial, não faltam membros do seu grupo político na internet se prestando ao papel de defensores de Josemar. Parece que a briga pelas vagas na Prefeitura está quente.

Deputado Aluizio

Mais ligado a Josemar do que a própria prefeita eleita, o articulador político Aluizio Santos acompanha com a atenção os desdobramentos e já prestou solidariedade ao "grande amigo e político". Josemar forte em 2022 é um dos principais elementos que favorecem uma possível candidatura sua à Assembleia Legislativa, mas isso, como dizem, é assunto para outro texto.

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