Pior que o moralismo com as palavras, que se ofende com termos do idioma vernáculo, é o moralismo político que cega e pode colocar a perder uma vitória eleitoral e política.
O vereador Marcelo Aguiar, candidato a vice-prefeito na chapa de Higor Almeida, enviou um áudio pelo Whatsapp (desse mal eu não morro) a um amigo que questionava novas adesões à campanha do PSB. Defendendo que a candidatura agregue forças para vencer a eleição, o parlamentar usou uma hipérbole logo depois de afirmar que quer ganhar com todo mundo: "Queremos ganhar até com os presidiários, com as putas de cabaré, com os bandidos, o importante é ganhar. (...) Você tem que ganhar a eleição e mudar a cidade, não perder e dizer que fez a sua parte".
Deixando de lado a sensibilidade dos ouvidos puros que se machucaram com as palavras usadas, o que há de errado com a afirmação objetiva do candidato? Qual a correção devida ao conteúdo do que foi dito? Nenhuma. Ou o candidato a prefeito vai fazer exame de currículo de cada um que queira apoiar sua pretensão de chegar a Prefeitura?
Há quem, no entorno de Higor, torça o nariz para o apoio indireto da vereadora Missecley Araújo. Será que preferiam ela apoiando Belezinha? Continuando com Magno Bacelar? Trata-se comprovadamente de uma parlamentar que teve boa votação em todas as eleições que disputou, pode ser decisiva na adesão de novos aliados e na eleição de 15 de novembro.
Missecley tem serviço prestado, permaneceu quatro anos na oposição a Belezinha, ajudou a eleger Magno, foi aliada até em momentos difíceis e tem como marca a humildade necessária para vencer eleições juntando gente.
Enquanto os outros candidatos correm atrás de mais aliados para vencer a eleição e governar a cidade como acham correto, Higor tem que perder tempo convencendo parte do seu grupo a aceitar o óbvio: ganha a eleição quem tem mais voto. E tem muito mais por vir.
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