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Ou derrotamos o dinheiro ou ele nos derrota


O povo de Chapadinha quis mudança e para isso derrotou com expressiva votação um dos melhores prefeitos que a cidade já teve como consequência do desgaste de quem ele escolheu para lhe suceder. 


Para a tarefa de derrotar Magno Bacelar foi escolhida uma pessoa sobre quem pouco se sabia além do fato de ser milionária, mas nada mais importava. Ela tinha tanto dinheiro, diziam seus partidários, que não precisaria meter a mão nos cofres da prefeitura (como se a corrupção fosse um crime de pobres).

Agora se sabe que, mesmo tendo um patrimônio suficiente para si e para as próximas gerações da sua família, uma das primeiras ações de Belezinha foi colocar suas filhas na folha de pagamento da prefeitura, além de todos os esquemas desvios de recursos públicos que já foram descobertos nos últimos meses e outros tantos que ainda virão à tona.

O pau mandado da prefeita finge que nada vê, desvia a visão da gratificação recebida pela primeira-filha, mas a explicação para essa visão mais curva que a minha que sou vesgo, como eles gostam sempre de lembrar, virá à tona quando o resto da folha de pagamento vir a público. Estamos apenas começando.

Belezinha, contudo, é um mal passageiro. Logo logo voltará à insignificância social e política que tinha antes de prometer dinheiro e emprego a meio mundo de gente para chegar à prefeitura. O que nós precisamos combater não é ela, mas a raiz do problema que faz com que sua administração seja o desastre que é.

Por que um povo tão pobre, quando desejoso por mudança na administração, correu atrás daquela que, sendo a mulher mais rica da cidade, era portanto a mais distante da sua realidade, das suas dificuldades, das suas lutas diárias? 

Ao gastar a fortuna que gastou para se eleger, Belezinha fez o que a maioria que gasta fortunas para se eleger faz. Se sentiu à vontade para descontar a conta da campanha nos cofres públicos. Mas quem desvia para cobrir gastos de campanha, desvia também para enriquecer (ainda mais), para corromper advogados ou quem mais se disponha. 

O discurso fácil do senso comum ataca todos que disputem a política como se todos que participam dela tivessem nas suas índoles a má intenção de se locupletar com recursos públicos, o problema é muito mais complicado do que as lógicas sheherazadianas. É o uso e abuso do poder econômico na política e nas eleições que massacra a democracia e custa incalculáveis prejuízos às verbas públicas.

Depende de nós mudar essa tragédia brasileira. Em 2014 elegeremos deputados, senadores, governadores e presidente da República. Daqui a dois anos, elegeremos um(a) novo(a) prefeito(a). Podemos até nos livrar da atual chefe do Executivo (provavelmente até antes disso), mas se continuarmos a eleger nossos representantes baseados na fortuna que eles têm e no dinheiro que eles distribuem durante a campanha, podem ter certeza, por mais absurdo que possa parecer, que teremos alguém ainda pior que Belezinha nos representando.

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