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Uma noite que se arrasta há oito meses



Os fatos políticos mais importantes não marcam apenas a data na qual acontecem, mas o tempo que se segue. Aqui em Chapadinha tivemos um fato desses na virada do ano. 

Não tentarei descrever com palavras as emoções sentidas por nós que tivemos a oportunidade de estar na Câmara de Vereadores naquele reveillon, seria inútil. Mas foi algo que marcou profundamente todos que lá estivemos.

Depois de muitas articulações políticas, tentativas de cooptação, pressões externas, desistências e recuperações, registram-se duas chapas na disputa pelo comando do parlamento municipal. Fui escolhido o vice da chapa encabeçada por Nonato Baleco (PDT) e com Marcelo Menezes (PRP) na 1ª Secretaria, era a união de forças que antes ninguém acreditava que poderiam estar juntas. 

As galerias lotadas participavam como uma torcida organizada nos estádios, as articulações não cessaram até o início da votação, o voto secreto não dava certeza de vitória para ninguém. A apreensão marcava os rostos de todos quando começaram a contar os votos. 

Os dois primeiros votos foram para a chapa encabeçada pela colega Lívia Saraiva. Nesta hora quase nos damos por vencidos, mas os dois votos seguintes empataram a apuração. No meio da contagem, um voto questionado: A própria candidata assinara a cédula de votação, identificando seu voto e anulando-o.

Não contei a anulação que poderia ser questionada posteriormente. Cheguei ao final da apuração contando a chapa adversária com um voto a frente e, faltando duas cédulas, ambas tinham assinalado o nome Nonato Baleco. 

Foi como um golaço ao final da prorrogação virando a partida e garantindo o título. A torcida aos gritos, todos nos abraçamos, a resposta estava dada. 

Resultado final: A prefeita derrotada na própria posse, Nonato Baleco eleito, preterida, não uma vereadora, mas sim um casal. 

De lá pra cá, a Câmara de Chapadinha tem se tornado uma casa de grandes debates, com a realização de audiências públicas, com as sessões sendo transmitidas ao vivo pelo rádio, com boa parte dos vereadores mantendo a firmeza no papel de fiscalizar o Executivo, com ampla divulgação dos trabalhos parlamentares, enquanto aqueles que estariam controlando a Casa se enrolam em esquemas faraônicos.

Na incapacidade de se defenderem ou mostrar acertos do governo Belezinha, tentam ao menos arrastar a Câmara Municipal para o mesmo nível, distorcendo os fatos para mostrar os acertos da gestão do parlamento como se fossem erros. Não conseguirão.

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