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Os grandes disputarão, os menores definirão (de novo)



Apesar de uns e outros cantarem vitória a esta distância da eleição, é bom olharmos para trás e ver o que o passado nos deixou de lição política.

No período pré-eleitoral de 2008, lideravam as pesquisas de intenção de voto Dr. Levi Pontes (ex-PDT) e Dr. Talvane Hortegal (ex-PT). 

Além de ser filho do lendário Antônio Pontes de Aguiar, Dr. Levi contava com o apoio do governo Jackson Lago, a simpatia do empresariado e da classe média, e pose de quem venceria as eleições dando continuidade apenas aos acertos do grupo com o qual rompera havia pouco tempo.

O então-neo-e-já-ex-petista Talvane Hortegal disputava a dianteira nas pesquisas e fez o PT crer que o mau desempenho da candidata governista, Danúbia Carneiro, faria com que a família Sarney obrigasse o então prefeito, Dr. Magno Bacelar, a apoiá-lo.

Para quem analisa política superficialmente parecia tudo bem definido para a disputa ficar por aí, afinal, o eleitorado estava cansado dos dois grupos tradicionais da política chapadinhense, não é mesmo? Não é mesmo!

Os dois candidatos juntos não somaram 15% dos válidos apurados e a disputa se polarizou entre Isaías Fortes (43,1%) e Danúbia Carneiro (41,9%), os candidatos que tinham grupo político. E permita-me, caro leitor, recorrer ao negrito e às letras maiúsculas para frisar uma obviedade que às vezes parece passar despercebida. A ELEIÇÃO NÃO É UMA DISPUTA ENTRE CANDIDATOS, MAS SIM UMA DISPUTA ENTRE GRUPOS.

Assim, quando se opta por candidato A ou B, deve-se prestar bem atenção em quem o rodeia, afinal é com eles que o candidato vai governar.


Quem decidiu, poderá decidir de novo

Apesar de nenhum dos dois terem tido força suficiente para polarizar a campanha, as candidaturas de Dr. Levi (PDT) e Dr. Talvane (PT) foram determinantes para o resultado final da eleição.

Mesmo tendo tido a menor votação proporcional de todas as vezes que foi candidato a prefeito (apenas 43%), Isaías Fortes foi o mais votado e só não é prefeito de Chapadinha hoje porque (como até o reino mineral sabia, menos Edson Vidigal) ele era inelegível. 

Da mesma forma, o PT e os partidos da chamada 3ª via*, mesmo não tendo musculatura para disputar a eleição tendo candidatura própria com chances reais de vitória, serão determinantes para o resultado final da eleição.

A se confirmar a aliança de ambos com a candidatura governista, esta sairá com vantagem na hora do pega pra capar, afinal, é difícil imaginar que qualquer um dos grupos logre êxito em condição de isolamento e com todas as demais forças políticas do município unidas do outro lado.

De qualquer forma, a disputa será acirrada e, pelo que se vê até agora, sem nenhum debate sobre proposta de governo, principalmente por parte de quem se diz a mudança.



*PT e 3ª via deveriam ser uma coisa só

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