
Depois de um tempo fora do ar por motivos técnicos voltamos à nossa programação normal.
O noticiário, contudo, é o mesmo. Gilmar Mendes, o Supremo.
Pergunta ao caro leitor: Só eu considero absurdo o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) presidir também o Conselho Nacional da Justiça (CNJ)?
O Judiciário é o último recurso do cidadão. É o que mantém de pé o Estado democrático de direito e as liberdades individuais. Se certa forma, controla, sob as ordens das leis, os outros poderes. E quem pode controlá-lo? O CNJ? Não, o CNJ acabou virando um apêndice do Supremo para aumentar o poder do presidente do STF.
Assim foi com Nelson Jobim, quando presidiu o STF e criou o CNJ, com Ellen Grace, mas nunca foi tanto quanto agora. Escreve Maria Inês Nassif:
"Mendes deu dimensão a isso, por exemplo, quando usou os cargos cumulativos na presidência do STF e do CNJ para pedir, em nome das duas instituições, ao corregedor-geral do Tribunal Regional Federal da 3ªregião, desembargador André Nabarrete, que acionasse o juiz Fausto De Sanctis, que decretou a prisão de Dantas duas vezes. A acusação é a de que De Sanctis teria afrontado todo o STF, na figura de Gilmar Mendes. Gilmar Mendes, presidente do Supremo, e Gilmar Mendes, presidente do CNJ, reclamam oficialmente contra um juiz que teria atentado contra todo o Supremo, na figura de Gilmar Mendes."
E o pior não é isso acontecer, é todo mundo achar normal. A grande imprensa bate palmas, a população indiferente e o Gilmar cada vez mais Supremo.
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